Localização: A sua área contínua incide sobre os estados de
Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Bahia,
Maranhão, Piauí, Rondônia, Paraná, São Paulo e Distrito Federal, além dos
encraves no Amapá, Roraima e Amazonas. Neste espaço territorial encontram-se as
nascentes das três maiores bacias hidrográficas da América do Sul
(Amazônica/Tocantins, São Francisco e Prata), o que resulta em um elevado
potencial aquífero e favorece a sua biodiversidade.
Clima: O clima predominante no Domínio do Cerrado é o Tropical sazonal, de inverno seco.
A temperatura média anual fica em torno de 22-23ºC, sendo que as médias mensais
apresentam pequena estacionalidade. As máximas absolutas mensais não variam
muito ao longo dos meses do ano, podendo chegar a mais de 40ºC.
Fauna: Espécies
ameaçadas como a onça-pintada, o tatu-canastra, o lobo-guará, a águia-cinzenta
e o cachorro-do-mato-vinagre, entre outras, ainda têm populações significativas
no Cerrado, reafirmando
sua importância como ambiente natural.
Flora: Se bem que
ainda incompletamente conhecida, a flora do Cerrado é riquíssima.Tomando uma atitude
conservadora, poderíamos estimar a flora do bioma do cerrado como sendo constituída por cerca de
3.000 espécies, sendo 1.000 delas do estrato arbóreo-arbustivo e 2.000 do
herbáceo-subarbustivo.
Principais ameaças:
A pecuária extensiva é uma das principais causas do desmatamento no
Cerrado. Sua expansão vem ocorrendo ao longo de décadas com base no
desmatamento de novas áreas, quadro agravado pela baixa tecnologia empregada na
bovinicultura, causando baixíssima produtividade: em média, uma cabeça de gado
por hectare. Diante da ausência de manejo das pastagens, o bioma tem hoje 4,2
milhões de hectares de pastagens degradadas, o que equivale a 10% da terra
utilizada para pecuária no Cerrado..
Já no campo da produção agrícola, os cultivos mais expressivos são as
monoculturas de soja, eucalipto, cana-de-açúcar e algodão. Estes sistemas
produtivos estão pautados em um modelo tecnológico que, além de desmatar
grandes extensões de vegetação nativa e gerar poucos empregos, utiliza grandes
quantidades de insumos químicos, o que levou o Brasil ao posto de maior
consumidor de agrotóxicos do mundo.
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